Sexta-Feira, 29 de Março de 2024

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01-06-2015
Crise financeira agrava-se na Sociedade Hospitalar São José

 Responsáveis por mais de 70% do atendimento SUS no Estado e empregadores de 65 mil funcionários, os hospitais filantrópicos do RS, nos dias 06 e 13 de maio, realizaram diversas atividades para chamar atenção da Comunidade e do Governador sobre a situação crítica que estão vivenciando. Agravada, especialmente, de outubro de 2014 até agora, as 245 instituições de saúde sem fins lucrativos do RS deixaram de receber do Governo do Estado mais de R$ 207 milhões.

A situação, que já está crítica, só foi piorada com o corte do Incentivo IHOSP, pago pelo Estado aos Filantrópicos há mais de 13 anos. As Santas Casas e Hospitais Filantrópicos já trabalham, desde janeiro, com um corte de R$ 25 milhões mensais referentes ao co-financiamento e com atrasos ainda de 2014 no valor de R$ 132,6 milhões, que também não tem previsão de serem pagos.

Para o presidente da Federação das Santas Casas e Hospitais Beneficentes, Religiosos e Filantrópicos do Rio Grande do Sul, Francisco Ferrer, as 245 Santas Casas e Hospitais Filantrópicos, por sua missão, mantiveram o atendimento pleno aos gaúchos, mesmo com o descaso dos entes governamentais, mas que a partir de agora, caso a saúde não seja tratada com a prioridade que precisa, não haverá outra solução a não ser o fechamento de leitos, diminuição da assistência, demissões e outras formas de adequar as instituições à nova realidade de corte de recursos.

No Hospital São José, a situação se agrava a cada dia desde que foi cortado os recursos do incentivo IHOSP, este incentivo já fazia parte do orçamento do hospital há 13 anos, é um recurso indispensável para a sustentabilidade do hospital, sem esse repasse, não estamos mais conseguindo pagar as despesas do hospital, neste mês não haverá recurso suficiente para pagarmos nossos funcionários, teremos que parcelar a folha, o pagamento de nossos colaboradores sempre foi prioridade, há 10 anos não atrasamos um dia o pagamento, mas agora a situação ficou insustentável.

Como medida de sobrevivência do Hospital, desde janeiro já foram cortados despesas, com o objetivo de reduzir os custos da entidade, o quadro funcional já foi reduzido em 10%, vale alimentação em 50%, contratos de manutenção, e demais despesa que não afetem a assistência ao paciente. Porém, ainda assim foram insuficientes, caso o Governo do Estado não pague os atrasados e volte a pagar o IHOSP, não teremos outra opção a não ser suspender atendimentos.

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