O câncer de esôfago é uma doença silenciosa e muitas vezes letal, que afeta principalmente pessoas acima dos 45 anos. Existem dois principais subtipos de câncer de esôfago: o carcinoma epidermoide e o adenocarcinoma, ambos com características e fatores de risco distintos, conforme explica o gastroenterologista Dr. Marlon Rubini Toazza.
O carcinoma epidermoide, o tipo mais comum, costuma acometer indivíduos com idade superior a 45 anos, especialmente homens, que possuem hábitos como consumo excessivo de álcool e cigarro. Além disso, o consumo regular de bebidas quentes, como o chimarrão acima de 65 ºC, também está relacionado ao desenvolvimento da doença. Outros fatores incluem a ingestão prévia de substâncias cáusticas e o histórico de infecção pelo HPV.
Já o adenocarcinoma está mais associado a pessoas com obesidade e histórico de refluxo gastroesofágico grave e não tratado por longos períodos, geralmente mais de cinco anos. Pacientes com esôfago de Barrett, uma condição pré-cancerígena, também estão em maior risco, assim como aqueles com histórico familiar de câncer de esôfago.
De acordo com Dr. Toazza, o grande desafio no diagnóstico precoce do câncer de esôfago é a ausência de sintomas nos estágios iniciais. "A maioria dos pacientes são assintomáticos nas fases iniciais, e os sintomas costumam aparecer quando a doença já está localmente avançada ou em fase de metástase", explica o médico. Entre os sintomas mais comuns estão dificuldade progressiva para engolir alimentos sólidos e líquidos, perda de apetite, fadiga, perda de peso inexplicada e anemia.
A prevenção do câncer de esôfago inclui o controle de fatores de risco, como evitar o consumo excessivo de álcool, cigarro e bebidas extremamente quentes. Além disso, tratar adequadamente o refluxo gastroesofágico e monitorar condições pré-cancerígenas, como o esôfago de Barrett, são medidas importantes para reduzir as chances de desenvolver a doença.
O diagnóstico precoce é fundamental para aumentar as chances de sucesso no tratamento, que pode incluir cirurgia, quimioterapia e radioterapia. Portanto, pessoas com histórico familiar ou que apresentem fatores de risco devem procurar acompanhamento médico regular.
Fonte: Dr. Marlon Rubini Toazza, gastroenterologista.
Programa Nacional de Apoio à Atenção Oncológica (PRONON) do Hospital São José
O Hospital São José está executando o projeto de rastreamento e diagnóstico precoce de doenças do sistema digestivo, com foco especial no câncer de esôfago e câncer colorretal. Os interessados em participar do programa poderão agendar suas consultas diretamente nas Secretarias de Saúde de Antônio Prado e Ipê. É importante destacar que as informações sobre o andamento do projeto, incluindo a execução do cronograma e a transparência na aplicação dos recursos, serão amplamente divulgadas pelo hospital através das redes sociais e do portal de transparência, disponível no site www.hospitalsj.com.br.