O câncer de cólon e reto, conhecido como câncer colorretal, ocupa a terceira posição entre os tipos de câncer mais frequentes no Brasil, excluindo os tumores de pele não melanoma, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA). A doença afeta principalmente pessoas acima dos 45 anos e está fortemente associada a fatores de risco comportamentais e genéticos.
O Dr. Marlon Rubini Toazza, gastroenterologista, explica que diversos fatores aumentam as chances de desenvolvimento desse tipo de câncer. "Obesidade, sedentarismo, tabagismo e consumo excessivo de álcool estão entre os principais fatores de risco. Além disso, a idade acima de 45 anos, histórico familiar de câncer colorretal em parentes de primeiro grau, síndromes genéticas e doenças inflamatórias intestinais também elevam o risco", destaca o médico.
Outro fator importante é a dieta. O consumo regular de alimentos processados, como presunto, salsicha, salame e mortadela, além de carnes vermelhas em excesso e a baixa ingestão de fibras e cereais, pode contribuir para o desenvolvimento do câncer colorretal. "Uma alimentação rica em alimentos naturais e fibras ajuda a prevenir a doença", acrescenta Toazza.
Os sintomas da doença podem ser discretos nas fases iniciais, dificultando o diagnóstico precoce. Mudanças no padrão evacuatório, como constipação ou diarreia, presença de sangue nas fezes, anemia sem causa aparente e perda de peso inexplicável são sinais de alerta que exigem atenção. "Esses sintomas podem indicar que o câncer já está em estágio avançado, por isso é fundamental que qualquer alteração seja investigada por um médico", alerta o gastroenterologista.
A prevenção do câncer colorretal envolve a adoção de hábitos saudáveis, como uma dieta equilibrada, prática de atividades físicas regulares, controle do peso e evitar o consumo de tabaco e álcool. Além disso, pessoas com fatores de risco devem realizar exames de rastreamento, como a colonoscopia, a partir dos 45 anos ou antes, dependendo do histórico familiar.
O diagnóstico precoce é crucial para aumentar as chances de cura, que podem envolver cirurgia, quimioterapia e radioterapia, dependendo da fase da doença. Estar atento aos sintomas e buscar orientação médica regularmente pode salvar vidas.
Programa Nacional de Apoio à Atenção Oncológica (PRONON) do Hospital São José
O Hospital São José está executando o projeto de rastreamento e diagnóstico precoce de doenças do sistema digestivo, com foco especial no câncer de esôfago e câncer colorretal. Os interessados em participar do programa poderão agendar suas consultas nas Secretarias de Saúde dos municípios de Antônio Prado e de Ipê. É importante destacar que as informações sobre o andamento do projeto, incluindo a execução do cronograma e a transparência na aplicação dos recursos, serão amplamente divulgadas pelo hospital através das redes sociais e do portal de transparência, disponível no site www.hospitalsj.com.br. O PRONON é um programa de incentivo do Ministério da Saúde. Este projeto conta com o patrocínio das empresas BB Seguros e Itaú, que apoiaram as iniciativas através do uso de imposto de renda.
Fonte: Dr. Marlon Rubini Toazza, gastroenterologista.
