Muitas são as notícias sobre o novo coronavírus, temos uma chuva de informações se espalhando nos meios de comunicação e redes sociais. Uma busca na ferramenta Google nos remete a quase 2,8 bilhões de páginas sobre o assunto. Porém informações falsas causam pânico na população e atrapalham os trabalhos de investigação das autoridades competentes. Então vamos falar um pouquinho sobre o vírus e de que forma podemos fazer a nossa parte diante do atual cenário.
O novo coronavírus (nCoV), detectado em Wuhan, China, em dezembro de 2019, faz parte de uma grande família de vírus que causam doenças que variam de um simples resfriado a quadros mais graves. Os coronavírus são zoonóticos, o que significa que são transmitidos entre animais e pessoas. O nCoV é uma nova cepa que não foi previamente identificada em humanos e causa a doença de coronavírus COVID-19. Em 26 de fevereiro deste ano, foi detectado o primeiro caso no Brasil, na cidade de São Paulo.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), os sintomas mais comuns do COVID-19 são febre, cansaço e tosse seca. Alguns pacientes podem ter cefaleia, congestão nasal, coriza nasal, dor de garganta ou diarréia. Esses sintomas geralmente são leves e começam gradualmente. Algumas pessoas são infectadas, mas não desenvolvem sintomas. A maioria das pessoas (cerca de 80%) se recupera da doença sem precisar de tratamento especial. Cerca de 1 em cada 6 pessoas que contraem COVID-19 fica gravemente doente e desenvolve dificuldade em respirar. As pessoas idosas, crianças e as que têm problemas de saúde prévios, como pressão alta, problemas cardíacos ou diabetes, têm maior probabilidade de desenvolver doenças graves.
A transmissão do COVID-19 acontece de uma pessoa para outra, através de pequenas gotículas do nariz ou da boca que se espalham quando uma pessoa com COVID-19 tosse ou exala, por isso é importante ficar a mais de 1 metro de uma pessoa com sintomas respiratórios. O período de incubação do vírus, ou seja, da transmissão do vírus até o início dos sintomas, varia de 1 a 14 dias, geralmente em torno de cinco dias.
As recomendações da OMS e Ministério da Saúde para impedir a propagação da infecção incluem lavagem regular das mãos e antebraços até cotovelos, utilização de álcool gel, cobertura de boca e nariz ao tossir e espirrar com um lenço de papel descartável, evitar tocar nos olhos, nariz e boca com as mãos não lavadas, evitar contato próximo com qualquer pessoa que apresente sintomas de doenças respiratórias, como tosse e espirros e ficar em casa se apresentar estes os sintomas.
Mas quem deve procurar atendimento médico? Pessoas com febre, tosse e dificuldade em respirar. Pessoas com sintomas leves de resfriado, que não incluem a febre e dificuldade para respirar, devem priorizar o isolamento domiciliar até melhora dos sintomas.
A OMS orienta ainda medidas de proteção para pessoas que estão ou visitaram recentemente (há menos de 14 dias) áreas em que o COVID-19 está se espalhando: seguir as medidas de proteção para todos; ficar em casa se apresentar sintomas leves, como dor de cabeça e coriza nasal leve, até se recuperar, pois evitar o contato com outras pessoas e as visitas às instalações médicas permitirá que essas instalações funcionem com mais eficácia e ajudará a proteger você e outras pessoas contra possíveis COVID-19 e outros vírus.
Até o momento, não há vacina nem medicamento antiviral específico para prevenir ou tratar o COVID-2019. No entanto, as pessoas afetadas devem receber cuidados para aliviar os sintomas. Pessoas com sintomas graves devem ser hospitalizadas, porém a maioria dos pacientes se recupera somente com os cuidados domiciliares. As equipes da Sociedade Hospitalar São José já foram orientadas e seguirão um protocolo seguro para manejo dos casos suspeitos que buscarem pelo atendimento da instituição.
É compreensível que as pessoas fiquem ansiosas e estressadas com a situação atual, porém é importante mantermos a calma e seguirmos as orientações dadas pelas autoridades sanitárias. Busque as fontes de informações sérias e seguras, a fim de se manter informado sobre a atual situação da nossa região.